3 Lições que Steve Jobs aprendeu sobre criar uma marca 

O fundador da marca mais valiosa do mundo a Apple, Steve Jobs, teve a oportunidade de trabalhar com o renomado designer americano Paul Rand, morto em 1996, cujas lições valiosas são essenciais para qualquer designer, cliente ou empreendedor.
Tempo de leitura: 5 minutos

Em 1985, Steve Jobs deixou a Apple depois que as maquinações da diretoria o deixaram de fora, ele fundou a Next Inc. O produto principal foi o computador NeXT. No entanto, durante o tempo de Job na Next Inc., ele contratou o designer gráfico Paul Rand, o cérebro por trás das marcas IBM, UPS e Westinghouse e solicitou a Rand que criasse um logotipo para sua nova empresa, a Next Inc.

Durante esse período, Jobs aprendeu lições valiosas sobre a construção de uma marca em uma era de empresas emergentes.

 

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Jobs, impressionado com o trabalho de Rand, especialmente com o logotipo “extremamente poderoso e emocional” do Eye-Bee-M (famoso cartaz para o IBM onde pode ser visto um olho (eye), uma abelha (bee) e a letra M, onde se pode ler o nome da marca, algo muito disruptivo na época), ele não queria contratar nenhum outro designer além de Paul Rand para desenvolver o conceito de sua nova marca.

No entanto, Jobs sabia que o lendário designer modernista não trabalhava para startups, apenas com empresas conceituadas, como IBM e Ford.

 

Logo IBM, designer Paul Rand

 

Mas Rand acabou aceitando o convite, provavelmente devido à habilidade de Jobs de convencer alguém a fazer qualquer coisa que ele quisesse. “Ele disse que adoraria fazê-lo”, foi assim que Jobs explicou na entrevista. Depois de aceitar o trabalho, Rand fez muitas visitas aos escritórios da Next, lotado de ex-funcionários da Apple, que seguiram seu estimado capitão — eles realmente se consideravam um grupo de piratas na época — haviam vindo da divisão Macintosh da Apple para empreender esta aventura.

 

Paul Rand, Designer

Logotipos: IBM, UOS ABC e Next, designer Paul Rand

 

Jobs não queria apenas um logotipo como qualquer outra empresa. Ele também queria um símbolo, uma “espécie de jóia”, como ele gostava de dizer — e que os designers chamam de logomarca. Jobs conseguiu o que queria e, no processo, aprendeu algumas lições cruciais sobre a marca que influenciariam seu trabalho posterior.

Rand tinha a reputação de exercer grande influência sobre seus clientes. Ele criou um branding book de 100 páginas para ajudar Steve Jobs a entender todo o processo de design oculto por trás da identidade da NeXT. Este livro é um guia passo a passo para criar a identidade visual da NeXT. O livro de apresentação foi uma tática útil para Rand, pois ele convenceu seus clientes de que as ideias propostas eram a única e mais oportuna solução.

 

Steve Jobs, Apple

 

No entanto, associar um logotipo ao nome de uma marca requer muito dinheiro. Qualquer empresa que pretenda ter um símbolo, segundo Jobs, terá que “gastar 10 anos e US$ 100 milhões” para fazer a associação entre o símbolo e o nome da empresa no estilo de vida do consumidor, assim como fez a Nike.

Talvez a obsessão de Jobs de ter um símbolo forte veio do seu passado em Cupertino, na Califórnia. A marca da Apple era um símbolo poderoso e inconfundível, algo que incorporava seu trabalho e seu orgulho. Para Jobs, o símbolo da Apple representa o nome da própria empresa, por isso foi fácil para o público fazer a conexão sem gastar tanto dinheiro e tempo associando-os. Este pensamento foi repetido pelo designer da Apple, Rob Janoff, que diz que Steve não lhe deu nada, exceto o próprio nome. Janoff projetou o contorno da maçã e adicionou a mordida, de modo que as pessoas não conseguem confundi-la com uma cereja.

Paul Rand, um quase mito no mundo do design, tinha uma filosofia de design muito clara. Ele acreditava que um logotipo só pode ser tão bom quanto a empresa que representa. É como o nome de uma banda — se os Rolling Stones tivessem fracassado, todos fariam piada do seu logotipo. Mas, como eles fazem sucesso, o nome e o icônico símbolo da língua são considerados incríveis.

 

Guia da Marca Next

 

O guia da marca é um excelente lembrete do compromisso com a excelência da Rand.

Quando Jobs se lembrou de ter trabalhado com Rand, disse: Perguntei se ele poderia sugerir várias opções para o logotipo, e ele disse: “Não, vou resolver o seu problema e você vai me pagar. E você não precisa se preocupar! Se você quer opções, vá falar com outras pessoas! Mas vou resolver o seu problema da melhor maneira que eu sei, aí você vai escolher se usa ou não, isso depende de você, você é o cliente. Mas você me paga”.

Para Jobs, a primeira regra de design de Rand — lembra dos Rolling Stones? — Ela estava sendo usada de forma errada quando ele deu essa entrevista em 1993. Sua empresa estava falindo e sendo forçada a abandonar completamente o negócio de hardware — um processo que seus biógrafos dizem que o fez sofrer muito. 

E assim, o logotipo que Rand criou tornou-se um símbolo da queda do seu fundador e do fracasso dos computadores com preços baixos que ele tentou vender para universidades em todo o mundo. 

No final, a marca não faz a empresa, o destino da Next foi selado quando a Apple a adquiriu por mais de 654 milhões de dólares e Jobs voltou a trabalhar na Apple. E seu software tornou-se o coração de todos os Mac, iPhone, iPad e Apple Watch, embora a empresa tenha falido.

Essas lições valiosas de Paul Rand e a experiência de trabalhar com ele moldaram a visão de Jobs sobre a marca e o design, influenciando profundamente seu trabalho posterior na Apple e além. Através de sua colaboração com Rand, Jobs aprendeu que um logotipo não é apenas um símbolo, mas uma representação da identidade e dos valores de uma empresa. E essa percepção se refletiu claramente em seu trabalho posterior na Apple, onde ele continuou a enfatizar a importância do design e da marca.

E essa é talvez a terceira e mais importante lição deste texto: não espere que seu logotipo faça sua empresa ou produto melhor. Não será assim, então não fique obcecado com isso. Claro, é importante pensar profundamente nisso. Mas se sua empresa falir, não será relevante. Nesse caso, você pode usar seus bilhões de dólares para aperfeiçoá-lo até o último pixel.

Um logotipo, por mais brilhante que seja, não é o único fator determinante para o sucesso de uma empresa. A essência, a qualidade do produto ou serviço oferecido são pilares fundamentais. Portanto, ao refletir sobre o design de uma marca, lembre-se de que, embora importante, o logotipo é um componente de um conjunto muito maior.

 

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