A realidade é que muitos gestores acabam escolhendo um nome para sua marca, sem a devida avaliação e o que deveria ser um ativo valioso para a marca, acaba se tornando uma grande dor de cabeça no futuro.
Muitas empresas já tiveram dificuldades com a escolha correto do nome, gigantes como a Amazon, uma das empresas mais valiosa do mundo, tiveram os seus desafios na busca pelo nome perfeito. Originalmente, a Amazon ia se chamar “Relentless” (implacável, em tradução literal). No entanto, graças aos conselhos de amigos e uma análise mais aprofundada sobre a estratégia da marca, optaram pelo nome “Amazon”, uma referência à Amazônia, sem qualquer ligação direta com o negócio. E, como podemos ver, esse nome funcionou surpreendentemente bem.
Outro exemplo foi a “Tokyo Tsushin Kogyo Corporation” ao fazer uma análise mais aprofundada e realizando uma pesquisa fonética, sabia do problema quando precisou mudou o seu nome para “Sony” em 1946, como estratégia para começar a vender nos EUA. Além da dificuldade na pronúncia, os produtos japoneses enfrentavam desafios de reputação nos EUA.
A mudança para Sony foi uma jogada estratégica para “americanizar” a marca e ganhar aceitação. O nome mais curto e moderno não apenas resolveu problemas de pronúncia, mas também mudou a percepção da empresa. Esta é a prova de que escolher o nome certo é uma estratégia poderosa para moldar a imagem da sua marca. Menos, pode de fato, ser mais!
Para não errar na hora de escolher o nome certo para sua marca ou produto, se atende a estas dicas valiosas que muitas empreendedores não levam em consideração.
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1. Escolha Apressada
O desenvolvimento de um negócio é um processo complexo que exige atenção meticulosa por parte dos gestores da marca. O problema é que quando a identidade da empresa é deixada para ser definida na ultima etapa, a pressa pode levar a decisões impulsivas e até desastrosas. Escolher um nome às pressas, pode ter um impacto prejudicial e negativo a longo prazo. É comum ver empresas que passaram meses ou até anos planejando a abertura de um novo negócio ou produto, mas quando falta 30 dias para o lançamento, lembram que nem o nome da marca foi definido, ou estão inseguros com o nome que escolheram, e querem decidir isso de forma imediata. O nome é uma escolha que vai impactar todo o ecossistema do negócio, então a escolha do nome é uma das primeira etapas do processo de criação da marca, pois precisa ser avaliado, testado e protegido. Como diz o provérbio: “A pressa passa, mas a merda fica”
2. Dificuldade de Escrever ou Pronunciar
Nomes diferentes ou mais complexos não são um problema se o nome faz sentido para o público da marca. Mas muitas marcas iniciantes não levam em consideração o seu publico alvo e acabam escolhendo um nome em outro idioma ou combinações de letras incomuns ao vocabulário local. Isto acaba distanciando ou até dificultando a atenção das pessoas para a marca, porque muitas vezes, as pessoas tem até vergonha de pronuncia o nome com medo de errar. Imagine marcas como: Häagen-Dazs, Osklen, OXXO, Yves Saint Laurent, como é mais difícil comunicar o nomes das marcas, mesmo com uma boa estratégia, vai ser necessário gastar muitos recursos para validar o nome. Para quem está iniciando um negócio, especialmente em um momento em que a busca na internet é fundamental para a descoberta, manter o nome simples na escrita e pronuncia poder ser a melhor escolha.
3. Associações Indesejadas
Pior do que um nome difícil de pronunciar é um nome que evoca um significado indesejado, às vezes pejorativo ou racista. Se a estratégia for ser uma marca do tipo: sarcástica, engraçada ou disruptiva, sem problemas. Mas certos nomes podem assumir conotações negativas em diferentes contextos, culturas ou no idiomas. Prefixos como “NAZI” podem ser associados a Nazismos. Então vale a pena estudar com bastante calma cada opção de nomes antes da decisão final, mudar no futuro dá muito mais trabalho, gera desgate e perda de investimentos.
4. Gosto Pessoal
Nomes próprios, sobrenomes ou nomes familiares, podem parecer ótimos em alguns casos, mas podem não fazer sentido para a estratégia de negócio ou o público da marca. Evite nomes que possam prejudicar o futuro da sua marca, como escolher o seu próprio nome, um nome engraçado, um nome que está muita na moda. Mas as vezes no futuro surgem oportunidades de venda da marca para terceiros e isso pode prejudicá-lo. Achar que um nome é muito bom, não necessariamente vai ser comunicativo e adequado para a sua empresa. Evite escolher um nome apenas tomando com base o seu gosto pessoal. Faça pesquisas, consulte um profissionais, entenda a sua marca.
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5. Conflito de Nomes
É muito comum achar que o primeiro nome que escolhemos para a marca é o nome perfeito. Até pode ser, mas nos dias atuais é muito difícil encontrar um nome que seja curto, simples e fácil de assimilar, e que já não esteja sendo utilizado por terceiros, e pior, que já foi registro por uma outra marca. Todo mundo diz que um nome para ser bom precisa ser curto e simples, mas este nome raramente existe! Antes de se apaixonar por um nome, verifique se ele já não pertence a outra empresa. Consultar o site do INPI ajuda a evitar problemas legais no futuro. Mas fique atento, uma simples consulta no site do INPI ou no Google pode entregar um falso positivo para sua marca. Outros fatores precisam ser analisados como: fonética e escrita similar a de outras marcas (não basta ser diferente o nome não pode ser parecido com uma marca já registrada) além das classes de serviço ou produto que serão registradas junto ao INPI. Uma sugestão é consultar um especialista no assunto para avalia a viabilidade do nome.
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6. Fuja do Genérico
Nomes muito genéricos não se destacam, não dá exclusividade para a marca, cria confusão com o publico da marca e o pior, dificultam as buscas online. Uma pizzaria com o nome Saborosa ou Bela Pizza, Pizzaria Delícia. É muito comum e pode gerar muita confusão entre clientes e fornecedores. Uma clínica de cardiologia com o nome de “Clínica Cardiológica” ou uma vidraçaria que se chama: “Vidraçaria da Vila” este tipo de nome não tem personalidade. É similar a comprar um medicamente genérico da farmácia, quando o balconista pergunta: Pode ser um genérico? Você nem quer saber qual a marca, não é mesmo!? Para escolher o nome da sua marca é a mesma coisa, se você escolher um nome genérico as pessoas podem tratar a sua marca como genérica.
7. Não Testar o Nome
Antes de tomar uma decisão final, faça testes com nome escolhido entre pessoas de sua confiança, se for possível, fale diretamente com o público-alvo da sua marca. Certifique-se de que ele transmita a mensagem desejada e seja facilmente compreendido e lembrado. A verdade é que é um pouco difícil validar um nome dentro de um publico pretendido, o ideal seria utilizar uma empresas de pesquisas on-line que pode traçar um perfil de publico ideal para sua marca. O grande limitador de tudo isso é que as pesquisas custam caro. Uma outra sugestão é consultar um especialista em naming ou branding.
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8. Não Verificar a Disponibilidade
Existe dois fatores importantes a considerar antes de escolher um nome. A disponibilidade de registro legal e a disponibilidade on-line. Embora a disponibilidade do domínio (para o site) não deva ser o fator decisivo, é importante considerar isso e garantir que o nome esteja disponível também nas redes sociais para manter uma identidade consistente em todos os pontos de contato. Não é legal ter um nome que é escrito de formas diferentes em cada canal de comunicação da sua marca. E tão pouco possuir uma marca que não possa ser registrada e protegida.
9. Limitar a Expansão do Negócio
Isso pode ser tentador. Digamos que você venda Piscinas no Maranhão. A escolha pode ser óbvia: sua empresa pode chamar “Maranhão Piscinas”. Você tem sua segmentação geográfica coberta, seu produto no nome e até mesmo uma aliteração cativante para chamar a atenção do cliente. Mas, e se as suas Piscinas forem tão boas que as pessoas das cidades vizinhas também as desejem? Se você planeja manter seu negócio pequeno, então escolher um nome baseado em onde você está localizado, pode não ter nenhum grande efeito a longo prazo. No entanto, se o seu mercado se expande para além dos limites da sua localidade, ter um nome que pertença apenas a essa cidade ou região pode atrasar o seu negócio, com os potenciais clientes a associarem-se apenas a essa área específica. Imagine uma loja com o nome: “Só Meias” caso tenha intenção de vender cuecas e calcinhas, o nome será um problema. Escolha um nome que permita a expansão e diversificação do seu negócio. Um nome muito restritivo pode prejudicar futuras oportunidades.
10. Nome com base em um único produto
Muitos empreendedores começam oferecendo um produto específico, e acabam escolhendo o nome da marca com base neste produto. Mas e quando o sucesso do negócio significa a expansão para incorporar toda uma gama de produtos ou serviços? Talvez o “Maranhão Piscinas”, do primeiro exemplo, abra portas de vendas, mas e se quiserem investir em produtos para piscina como: cadeiras, guarda-sol, mesas, bombas, produtos químicos, entre outros, tudo com a sua marca, como fazer? A importância de escolher um nome que permita que sua marca cresça sem limitações, tem que ser bem estudada. Pensar em mudar o nome da marca após alguns anos de operação, poderá ser caro, demorado e complicado, além de causar falta de credibilidade, criar confusão no público alvo e afetar a reputação da marca, por isso vale a pena pensar muito e escolher de forma estratégica o nome da sua empresa desde o início.
“A escolha do nome certo é um passo fundamental no caminho para o sucesso do seu negócio. Evitar esses erros comuns pode fazer toda a diferença no futuro da sua marca.”
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